Costinha foi um humorista e ator brasileiro que se destacou por sua habilidade em fazer rir e por sua personalidade cativante. Com uma carreira que se estendeu por mais de cinco décadas, fez sucesso em diversas áreas, incluindo teatro, televisão e cinema.
Entre seus trabalhos mais conhecidos estão a participação na Escolinha do Professor Raimundo e em programas humorísticos como Balança Mas Não Cai e Chico City.
Além de seu talento como comediante, Costinha também ficou conhecido por sua generosidade e por sua dedicação à caridade. Ele fundou a Casa do Artista, uma instituição que oferece assistência a artistas aposentados e suas famílias. Sua morte, em 15 de setembro de 1995, foi uma grande perda para o mundo do entretenimento, mas seu legado como um dos maiores humoristas brasileiros de todos os tempos continua vivo até hoje.
Vida Pessoal
Infância e Educação
Lírio Mário da Costa, mais conhecido como Costinha, nasceu em 25 de março de 1923, no bairro de Vila Isabel, Rio de Janeiro. Ele cresceu em uma família artística, seu pai era palhaço de circo e sua mãe, cantora de rádio.
A infância circense ajudou Costinha a desenvolver seu talento para a comédia.
Costinha frequentou a escola primária, mas teve que abandonar os estudos para ajudar a família.
Ele começou a trabalhar como entregador de jornais e, mais tarde, como ajudante de padeiro.
Apesar de não ter tido uma educação formal, Costinha era um autodidata e gostava de ler.
Família e Relacionamentos
Costinha foi casado com a atriz e cantora Virgínia Lane, com quem teve um filho, Lírio Mário da Costa Jr.
O casal se separou em 1957, mas permaneceram amigos próximos até a morte de Costinha. Além de seu filho, Costinha teve outros dois filhos, um deles adotado.
Ele era conhecido por ser um pai amoroso e dedicado, e sempre se preocupou em dar o melhor para sua família.
Costinha também teve um relacionamento de longa data com a atriz e comediante Dercy Gonçalves.
Os dois se conheceram na década de 1940 e trabalharam juntos em diversas produções. Eles mantiveram uma amizade próxima até a morte de Dercy, em 2008.
Em resumo, Costinha era um homem de família e valorizava muito seus relacionamentos pessoais. Ele tinha um grande senso de humor e, apesar de sua fama, era conhecido por ser uma pessoa simples e humilde.
Carreira Profissional
Primeiros Passos no Humor
Costinha iniciou sua carreira no humor em 1942, quando começou a trabalhar na Rádio Clube do Brasil, no Rio de Janeiro. Foi lá que ele criou seu primeiro personagem, o “Professor Bartolomeu”, que logo se tornou um sucesso entre os ouvintes.
Televisão e Cinema
Na década de 1960, Costinha começou a trabalhar na televisão, onde se destacou em programas como “Balança Mas Não Cai” e “A Praça da Alegria“. Ele também atuou em diversos filmes, como “O Homem do Sputnik” e “Os Três Cangaceiros“.
Teatro e Shows ao Vivo
Além da televisão e do cinema, Costinha também se destacou no teatro e em shows ao vivo. Ele participou de diversas peças teatrais, como “O Mistério de Irma Vap” e “A Partilha“, e também fez shows de humor pelo Brasil inteiro.
Seu talento para o humor e sua habilidade como ator fizeram com que ele se tornasse um dos artistas mais queridos e respeitados do país.
Legado e Influência
Costinha deixou um legado importante para o humor brasileiro. Seu humor era irreverente e crítico, abordando temas sociais e políticos de forma inteligente e engraçada.
Ele influenciou muitos outros comediantes, incluindo Chico Anysio, que o considerava um dos maiores humoristas do Brasil.
Além de seu trabalho como comediante, Costinha também atuou em diversos filmes e programas de televisão, deixando sua marca na cultura popular brasileira.
Seu personagem mais famoso, o mendigo João Grilo, foi interpretado por ele em diversas peças teatrais e filmes.
Ao longo de sua carreira, Costinha ganhou diversos prêmios, incluindo o Troféu Roquette Pinto e o Troféu Imprensa. Seu trabalho continua a ser lembrado e apreciado por muitos brasileiros, e sua influência no mundo do humor é inegável.
Morte e Homenagens
Costinha faleceu em 15 de setembro de 1995, aos 72 anos, devido a uma insuficiência respiratória.
Sua morte foi sentida por muitos, especialmente por aqueles que trabalharam com ele e o admiravam.
Em sua homenagem, colegas de profissão prestaram suas homenagens. O ator Lúcio Mauro, por exemplo, disse que Costinha havia sido censurado na ditadura porque “nasceu engraçado”.
Além disso, em 2019, a TV Globo exibiu um especial em homenagem ao humorista, que contou com a participação de diversos artistas .
Costinha deixou um legado importante para o humor brasileiro, sendo lembrado até hoje por suas piadas, personagens e bordões.